Uma cadeia que não para de crescer
Lilian Pimentel
O excesso de indústrias; o descontrole das atividades portuárias e petrolíferas; a realização de um tipo de turismo que impacta o meio ambiente; o crescimento das atividades de carcinicultura (cultivo do camarão) nos manguezais; a poluição no fundo do mar com mercúrio e chumbo; o esgotamento sanitário deficiente; a pesca com bomba; a destruição da mata atlântica; e a poluição atmosférica são destacados como os maiores complicadores para o desenvolvimento sustentável desse espaço.
Como o jornal Correio da Bahia Online coloca, apesar da beleza exótica e de sua imensa biodiversidade que atrai turistas do mundo inteiro, investidores e formas “inovadoras” de trabalho na região, os problemas são muitos e graves.
Além dos problemas citados acima, o porto mercante de Salvador, recebe uma quantidade imensa de embarcações vindas de diversas partes do mundo, muitas delas em estado precário. Será que não existe nenhum impacto no ambiente marinho?
A pesca predatória virou mesmo uma prática habitual para muitos pescadores que vivem nas ilhas, não se preocupando com a presença de outros animais e plantas aquáticas. No entanto, estes também enfrentam a dificuldade da sobrevivência, da falta de assistência e do completo desleixo do estado em relação aos pescadores e às comunidades ribeirinhas.
Mas não é só isso, o problema vai além, envolve os golfinhos habitantes da região e tartarugas marinhas que migram para desovar nas ilhas, estes são violentados, mutilados, vendidos e muitas vezes largados na areia das praias.
Nesta cadeia de problemáticas, o tráfico de animais e plantas merece especial atenção. A fiscalização nas ilhas é precária, faltam fiscalizadores e leis mais eficazes para produzir o efeito desejado. Nesta cadeia de carnificina, todos saem perdendo, até mesmo o capitalismo, o principal motor dos problemas enfrentados pela sociedade baiana e brasileira.
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